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A luta vale a pena: luta da pessoa com deficiência.

Sou mãe atípica, meu filho é um adolescente com deficiência. Vivo a mesma realidade de mães pelo mundo todo que ainda precisam judicializar para ter acesso aos recursos básicos que seus filhos necessitam para continuar se desenvolvendo, e até mesmo existindo (meu filho é doente raro e precisa de medicação que garante sua vida).

Nossa sociedade segrega, exclui, não sabe como lidar. Eu mesma muitas vezes não sei como lidar, principalmente quando quero que meu filho vá além das suas potencialidades, quando almejo que ele tenha comportamentos que não condizem com a sua capacidade naquele instante. Nesses momentos entendo que paciência é o segredo de coexistirmos em harmonia.

Procuro me capacitar para compreender melhor como o seu cérebro funciona, como estimulá-lo adequadamente. Muitas vezes me vejo vencida pelo cansaço, pelo receio de não ser suficiente o que faço para que ele desenvolva suas potencialidades e viva uma vida significativa.

Ele sofre, pois quer fazer o mesmo que os colegas, vê eles crescendo e ele ficando para trás. Cada dia que passa tenho notado mais que ele está tenho consciência desta diferença. A criança que existiu está em conflito com o adolescente que está lutando para sair para fora.

Na semana da luta da pessoa com deficiência, sinto que a luta é grande e vai longe. Por isso, precisamos conhecer mais nossos filhos, entender mais como a ciência, a tecnologia, os profissionais da saúde e da educação podem ser nossas aliadas e quando tudo parecer nebuloso, amar mais e reconhecer que antes do diagnóstico, antes da deficiência existe uma pessoa que está ali e esta pessoa tem vontades, tem sonhos, tem esperança e muitas vezes só pode contar conosco. Por isso continuemos lutando, porque vale a pena lutar. Eu represento meu filho nesta luta.

 
 
 

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