As telas estão roubando a infância dos nossos filhos
- contatoelizabethde3
- 14 de out.
- 2 min de leitura

Vivemos tempos em que o brilho das telas ofusca o brilho do olhar. Muitos pais acreditam que permitir cedo o uso do celular é acompanhar o progresso, mas esquecem que o cérebro da criança ainda está em construção — e toda construção precisa de base firme. Outros pela fadiga acabam se rendendo, pois as telas são babás eletronicas perfeitas, já que com elas a criança não dá trabalho.
As redes sociais prometem conexão, mas frequentemente entregam comparação, ansiedade e solidão. Cada curtida aciona o mesmo circuito cerebral do prazer que os vícios despertam. O resultado? Jovens impacientes, inseguros e desconectados de si mesmos.
Postergar o acesso às telas não é privar — é proteger o tempo da imaginação, o brincar livre, o tédio fértil e as conversas olho no olho. É permitir que a criança aprenda a lidar com o silêncio, com o erro, com o outro.
📵 O celular pode esperar. A infância, não. Ajude seu filho entender que enquanto ele vê outras crianças brincando na tela e ele deixa de brincar…
💞 Como substituir a “babá eletrônica” por presença verdadeira
Desligar as telas é só o primeiro passo. O essencial é preencher o tempo com vínculo, riso e descobertas reais.
✨ Ideias simples que cabem no cotidiano:
🌳 Brincar de natureza: plantar sementes, cuidar de um vaso, observar formigas ou nuvens — o encantamento nasce do olhar.
🎨 Arte livre: ofereça papel, caixas, tecidos, tintas; o importante é criar, não o resultado.
📖 Histórias compartilhadas: leia junto, invente finais diferentes, dramatize vozes — o afeto mora nas palavras.
🎲 Jogos em família: baralho, dominó, mímica ou jogos criados por vocês.
👩🍳 Cozinhar juntos: receitas simples ensinam medidas, paciência e amor.
💬 Conversas sinceras: pergunte como foi o dia, o que sentiram, o que sonham.
🌻 Conclusão
O tempo que se investe em presença hoje é o alicerce emocional de amanhã. As crianças não precisam de pais perfeitos, precisam de pais presentes.
Que saibamos trocar o toque da tela pelo toque das mãos — e a pressa do digital pela calma do afeto.
📚 Referências e estudos recomendados
American Academy of Pediatrics (AAP) – Media and Young Minds, Pediatrics, 2016.
Organização Mundial da Saúde (OMS) – Diretrizes sobre atividade física, comportamento sedentário e sono para crianças menores de 5 anos, 2019.
Twenge, J. M. (2017) – iGen: Why Today’s Super-Connected Kids Are Growing Up Less Happy and Completely Unprepared for Adulthood.


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